Concurso de lã marca terceiro dia de julgamento de ovinos na Expointer


O terceiro dia de julgamentos de ovinos na 48ª Expointer mais uma vez foi marcado pela diversidade de raças em pista, incluindo Ideal, Ile de France (machos), Ile de France Naturalmente Colorido, Dohne Merino, Dorper, White Dorper, Hampshire Down (fêmeas) e Texel Naturalmente Colorido. O ambiente da pista reuniu criadores, técnicos e público interessado na qualidade genética dos rebanhos. Já pela manhã, os preparativos dos animais que seguiam para os julgamentos já eram intensos, com tesouradas e alguns banhos, tudo para deixar a lã em perfeitas condições de avaliação.

Na pista, a movimentação continuava intensa. Adriana Simões Pires Martins, da Cabanha Mata-Olho, de Sant'Ana do Livramento (RS), desfilava com orgulho com a sua campeã, uma Dohne Merino Borrega Pedigree. Segundo ela, para atingir os resultados de excelência é preciso muita dedicação da equipe e manejo adequado. “Tudo começa com o acasalamento, a escolha dos pais e o controle da gestação. Logo após o desmame inicia a tatuagem feita pelos técnicos da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), onde serão aprovadas as características de cada raça”, diz ela. A criadora salienta também a importância de cuidados sanitários, alimentação e o controle da tosquia, feita obrigatoriamente uma vez ao ano visando a renovação.

Outra ação que chamou a atenção do público foi a oitava edição do Concurso de Melhor Velo Industrial. O objetivo é avaliar a qualidade da lã de ovinos, analisando características como peso, comprimento e finura, além do rendimento após a lavagem, e ainda a excelência da esquila, mostrando o que está sendo feito na produção ovina. Pela manhã, concorriam quatro fêmeas e quatro machos da raça Corriedale. Eles foram julgados pelos membros do Secretariado Uruguaio da Lã, que analisaram o produto desde o método de esquila até detalhes como peso, comprimento, finura e rendimento após lavado.

Conforme os organizadores, a ideia é focar na qualidade, aumentando o volume de lã por animal nos parâmetros desejados pela indústria têxtil. “A nossa lã é de excelente qualidade. E a certificação promovida pela Arco traz um valor agregado ao produto”, afirma Elisabeth Lemos, vice-presidente da Arco.

Os ovinos iam sendo tosquiados um a um pelo método australiano de esquila “Tally-Hi”, que evita a amarração dos animais para o procedimento. A ideia surgiu porque os criadores precisavam ter as medidas objetivas da lã. Cerca de uma semana antes do concurso, são coletadas amostras dos animais e enviadas ao Secretariado Uruguaio da Lã. Para participarem do concurso, os animais são esquilados há um ano e novamente no dia. Quanto mais fina a lã, mais valorizada ela é, com boa aceitação no mercado. Elisabeth afirma que o concurso traz inúmeras vantagens, entre elas, o conhecimento.

O julgamento dos ovinos na Expointer 2025 segue até a próxima quarta-feira, 3 de setembro, em quatro pistas simultâneas. Os resultados completos por raça, com seus campeões, podem ser conferidos no site da Arco em www.arcoovinos.com.br.

Foto: Stéphany Franco/AgroEffective
Texto: Adriana Machado/AgroEffective

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