29. Dohne Merino


Origem

O Dohne Merino é uma raça de dupla aptidão com lã fina de qualidade e alta produção de cordeiros, criada pelo Departamento de Agricultura da África do Sul, cruzando ovelhas Merino Peppin com carneiro Merino Alemão de carne.
As progênitas foram cruzadas entre as mesmas e forma selecionadas por alta fertilidade, alta taxa de crescimento dos cordeiros e lã Merina fina (22micras), em condições de campo nativo, considerando as exigências comerciais, o programa de melhoramento começou em 1939 e a Sociedade de Criadores data de 1966.
A seleção, iniciada em 1970, foi realizada baseada em testes de performance, provas de progênie e registro de produção, onde os dados dos ovinos testados são mantidos em um programa computadorizado de registro.
O Dohne Merino é hoje uma das raças laneiras líderes na África do Sul e apresenta notável crescimento na Austrália.


Aspectos Gerais

O Dohne Merino é naturalmente mocho, de corpo liso, duplo propósito, produtor de carne e de lã branca (ambos de boa qualidade), levando-se em consideração que é uma raça rústica, desenvolvida na África do Sul em uma região de chuvas de verão, pastagens nativas, a raça desenvolveu adaptabilidade a várias condições climáticas e ambientais, desde sistemas intensivos de produção até regiões áridas extensivas.
Raça de fácil manejo, sendo um ovino sem rugas, com cara totalmente isenta de lã e apresenta boa fertilidade (de 110% a 150%), juntamente com alta taxas de crescimento dos cordeiros (aproximadamente 350g por dia até o desmane) fazem do Dohne Merino um eficiente produtor de carne, onde os cordeiros destinados ao abate atingem no mínimo 40 Kg entre os 4 e 6 meses de idade e as ovelhas variam de 55 a 65 Kg.


Cabeça

Machos com a cara totalmente livre de lã e coberta de pelos suaves de cor creme, sem papada, focinho largo, mandíbula normal, dentes fortes, perfil nasal semi convexo com fossas nasais largas e ovaladas, olhos grandes e claros, orelhas relativamente compridas e cobertas de pelos curtos, suaves e de cor creme, mucosas nasais e conjuntivas são rosadas, sendo permitido a ocorrência de chifres muito pequenos.


Pescoço e Ombros

O pescoço é relativamente comprido, profundo, carnudo (musculoso) e bem fixado à cabeça e ao tronco, já os ombros são largos, firmes e se ajustam bem com o tronco.


Peito

O ideal é um peito profundo que indique boa qualidade de carne no quarto dianteiro.


Lombo e Costelas

O ideal é um lombo comprido, largo e reto, bem ligado aos ombros e a anca, com costelas bem adequadas demonstrando boa profundidade.


Anca

A anca é plana, comprida e horizontal, bem inserida ao lombo.


Nádegas e entre Pernas

Nádegas musculosas, boa curvatura interna e externa, apresentando entre perna profunda e musculosa.


Membros

Fortes, largos, com quartelas fortes, cascos de cor âmbar e a cobertura abaixo dos joelhos e do jarrete é de lã ou pelo suave e de cor creme.


Órgãos Reprodutores

Os carneiros devem apresentar escroto relativamente curto, sem divisão (bipartido) e com espaço suficiente para acomodar dois testículos bem desenvolvidos. Já as ovelhas devem ter ubre bem formado e com duas tetas de tamanho normal.


O ideal é uma Lã que tenha as características necessárias para pentear ou fiar e tenha o diâmetro aceito para a raça, que de 19 a 22 micras e as ovelhas produzem de 4 a 6 Kg de lã de alta qualidade.


Velo

É uma lã suave ao tato, com ondulações bem definidas e uniformes, o velo não pode ter pelos, kemps ou qualquer outro tipo de fibra que não seja lã. Deve ter comprimento aproximado de 100 mm, isso para um período de crescimento de 12 meses e dever apresentar tamanho uniforme em todo velo. A cobertura do velo é indicada pela densidade e o desejável é que está seja de característica densa ou semi-densa.
A deve ser de boa qualidade, de cor variando entre o branco e creme claro, já a ponta escurecida da mecha (resultante da aderência de poeira), é um indicador de suarda suficiente. A lã da barriga e de outras regiões deve ter comprimento, qualidade, densidade, formação de mechas e cor de conformidade com o padrão da raça.


Defeitos

- A circunferência escrotal mínima deve ser de 28 cm a um ano de idade.
- Bipartição do escroto não pode exceder a 30 mm.
- Escroto muito longo.
- Lã na cara.
- Papada.
- Pálpebra invertida.
- Prognatismo.
- Retrognatismo.
- Dupla fila de dentes.
- Botões ou tocos de chifre com mais de 30 mm na base e mais de 12mm de comprimento.
- Dentes frouxos, projetados para frente ou para tráz.
- Lombo deprimido.
- Ombros salientes ou omoplatas salientes em relação ao lombo.
- Aprumos débeis.
- Quartelas muito inclinadas.
- Cascos muitos separados.
- Cruzes estreitas (omoplatas muito juntas na parte superior).
- Pescoço em forma de U.
- Anca inclinada.
- Velo que apresente pelos, kenps, toque áspero ou falta de resistência.
- Fibras pigmentadas no velo.
- Variação excessiva nas ondulações entre as diversas regiões do velo.
- Atrofia testicular.
- Hipoplaria hiperplosia.
- Pigmentos nas partes sem lã ou sem pelos.
- Mandíbulas defeituosas, ou pálpebras invertidas.
- Lã pigmentada.
- Quatro ou mais das outras secções dos cascos com cor preta.
- Quartelas débeis, muito inclinadas, ou quaisquer malformações.
- * Fibra com diâmetro superior a 22 micras.
- * Lã da barriga com pouca qualidade de densidade e comprimento de mecha.
- * Cor fora do padrão.
- * Mechas demasiadamente agrupadas.
- * Falta de suardas, aquém do necessário, resulta em um velo de aparência seca e sem resistência.
- * Quantidade excessiva de suardas produz ponta muito preta nas mechas (grande acumulo de poeira).
- * Peito estreito e plano, e depressão entre as omoplatas (cruzes).
- * Pescoço comprido, fino ou com forma de U.
- * Ombros altos, pontiagudos e soltos.
- * Lombo curto, estreito e deprimido, inclinado para um lado.
- * Quartos estreitos, pouca musculatura, pouco culote.
* Constituem falhas (defeitos) que devem ser evitados, porém não desclassificam (dependendo do grau de intensidade) o ovino Dohne Merino.

Voltar